quarta-feira, 31 de março de 2010

O que todos precisam saber sobre bullying

Desde que uma mãe trouxe seu filho pré-adolescente para uma consulta, devido a um quadro depressivo, e conseguimos correlacionar a situação de saúde com o que estava acontecendo com ele na escola – discriminação e humilhação por parte de alguns colegas, comecei a estudar o bullying, com o intuito de melhor compreender este distúrbio do comportamento humano, e assim poder auxiliar melhor as vítimas e suas famílias.
Acho difícil que alguma criança ou jovem não tenha passado, em algum momento da vida escolar, por agressividade proveniente de algum colega. Um ou outro choque considero normal e previsível, quando colocamos seres humanos juntos.
O bullying, no entanto, vai além disto, em intensidade e freqüência de atos violentos, pressões psicológicas, segregações e perseguições, detonando uma série de distúrbios na saúde física e mental, na vida escolar e pessoal das vítimas e suas famílias, chegando até a induzir jovens ao suicídio. É um fenômeno mundial e já há países, como Japão e Espanha, onde vem sendo tratado com a seriedade que merece.
Vamos conhecê-lo mais e divulgá-lo, esclarecendo às famílias que a direção da escola onde ele esteja acontecendo tem que ser acionada. Importante também é o tratamento da vítima, no sentido de restabelecer nela a segurança e o equilíbrio emocional, prevenindo assim seqüelas que, não tratadas, podem perdurar por toda a vida.
Ontem li que aconteceu nos Estados Unidos mais um suicídio de jovem relacionado ao bullying (http://www.estadao.com.br/noticias/geral,suicidio-de-garota-apos-bullying-leva-a-indiciamento-de-9-adolescentes-nos-eua,531259,0.htm). Daí a idéia de colocar o tema no blog, o que auxiliará mais na divulgação. No Google tem inúmeras páginas que abordam o assunto. O texto a seguir encontrei no site
http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=19

Gilvan Almeida

Bullying é o uso do poder ou da força para intimidar ou perseguir os outros na escola (school place bullying) ou no trabalho (work place bullying). As vítimas dessa intimidação repetida e recorrente sãonormalmente pessoas que sem defesas são incapazes de motivar outras para agir em seu apoio.
1. Um breve histórico
2. Cyberbullying
- Atual e com gravíssimas conseqüências.
3. Guia do Professor
- Veja e imprima o Guia do Professor.
4. Cartilha sobre bullying
- Veja e imprima a cartilha.
5. Release de uma pesquisa
- Pesquisa realizada entre 2002 e 2003 pela ABRAPIA com o apoio da Petrobras e do IBOPE, no município do Rio de Janeiro.
6. Bullying - Questionário (Kidscape)
- Questionário sobre Bullying da Instituição Kidscape para ser aplicado na escolas.
7. Uma aula sobre bullying
- Apresentação no Power Point com 43 slides.
8. Casos exemplares selecionados
Bullying (Ministério Público)
Já sofri bullying. Criei um blog sobre o tema.
Sofri Bullying
9. Vídeo de reportagem sobre bullying (Jornal Nacional)
- Duração: 05:01. Veja abaixo.
10. Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes
- Pesquisa realizada pela ABRAPIA em 2002/2003, no município do Rio de Janeiro.
11. Artigos selecionados
Bullying - Comportamento agressivo entre estudantes (Aramis A. Lopes Neto)
Violência nas escolas: o bullying e a indisciplina (Marilia Pinto de Carvalho)
É difícil ser criança (Silvana Martani)
12. Perguntas e respostas sobre Bullying
- 15 itens.
13. Sites indicados
14. Livros indicados
15. Filmes indicados
Um grande garoto (About a boy - 2002)
Bang Bang Você Morreu (Bang Bang You Are Dead - 2002)
Tiros em Columbine (Bowling for Columbine - 2002)
Elefante (Elephant - 2003)
16. Algumas referências mundiais sobre bullying
- Nomes e e-mails para contato
17. Teste os seus conhecimentos sobre bullying. Imprima e preencha as lacunas.

Não sofra em silêncio! Você tem direito de ter boas lembranças da escola.





sábado, 27 de março de 2010

O tolo e o mar


Esta lição da vida nem sempre é fácil de ser aprendida.
Gilvan Almeida

sábado, 20 de março de 2010

Médicos versus planos de saúde

Disponibilizo este texto do dr. Dráuzio Varella, com a intenção de dar mais subsídios para as pessoas conhecerem melhor o que está por trás da vida destes profissionais, hoje em dia tão criticados e pouco reconhecidos: os médicos. Como o capitalismo descobre formas de lucrar com tudo, seus agentes descobriram, ao longo do século passado, diversas formas de lucrar com as doenças e os doentes, sendo uma das mais lucrativas os planos de saúde, que, na verdade, são planos de doenças, pois sobrevivem às custas delas: quanto mais pessoas doentes melhor. Ivan Illich, em 1975, já dizia na introdução de seu livro A expropriação da Saúde, 3ª edição: “A empresa médica ameaça a saúde, a colonização médica da vida aliena os meios de tratamento e o seu monopólio profissional impede que o conhecimento científico seja partilhado (1)”

Gilvan Almeida

Médicos versus planos de saúde
Dráuzio Varella

Médicos que vivem da clínica particular são aves raríssimas. Mais de 97% prestam serviços aos planos de saúde e recebem de R$ 8 a R$ 32,00 por consulta. Em média, R$ 20.

Os responsáveis pelos planos de saúde alegam que os avanços tecnológicos encarecem a assistência médica de tal forma que fica impossível aumentar a remuneração sem repassar os custos para os usuários já sobrecarregados. Os sindicatos e os conselhos de medicina desconfiam seriamente de tal justificativa, uma vez que as empresas não lhes permitem acesso às planilhas de custos.

Tempos atrás, a Fipe realizou um levantamento do custo de um consultório-padrão, alugado por R$ 750 num prédio cujo condomínio custasse apenas R$ 150 e que pagasse os seguintes salários: R$ 650 à atendente, R$ 600 a uma auxiliar de enfermagem, R$ 275 à faxineira e R$ 224 ao contador. Somados os encargos sociais (correspondentes a 65% dos salários), os benefícios, as contas de luz, água, gás e telefone, impostos e taxas da prefeitura, gastos com a conservação do imóvel, material de consumo, custos operacionais e aqueles necessários para a realizaçãoda atividade profissional, esse consultório-padrão exigiria R$ 5.179,62 por mês para sua manutenção.

Voltemos às consultas, razão de existirem os consultórios médicos. Em princípio, cada consulta pode gerar de zero a um ou mais retornos para trazer os resultados dos exames pedidos. Os técnicos calculam que 50% a 60% das consultas médicas geram retornos pelos quais os convênios e planos de saúde não desembolsam um centavo sequer.

Façamos a conta: a R$ 20 em média por consulta, para cobrir os R$ 5.179,62 é preciso atender 258 pessoas por mês. Como cerca de metade delas retorna com os resultados, serão necessários: 258 + 129 = 387 atendimentos mensais, unicamente para cobrir as despesas obrigatórias. Como o número médio de dias úteis é de 21,5 por mês, entre consultas e retornos deverão ser atendidas, 18 pessoas por dia! Se ele pretender ganhar R$ 5.000 por mês (dos quais serão descontados R$ 1.402 de impostos) para compensar os seis anos de curso universitário em tempo integral, pago pela maioria que não tem acesso às universidades públicas, os quatro anos de residência e a necessidade de atualização permanente, precisará atender 36 clientes todos os dias, de segunda a sexta-feira. Ou seja, a média de 4,5 pacientes consultados por hora, num dia de oito horas ininterruptas. Por isso, os usuários dos planos de saúde se queixam: "Os médicos não examinam mais a gente"; "O médico nem olhou a minha cara, ficou de cabeça baixa preenchendo o pedido de exames enquanto eu falava"; "Minha consulta durou cinco minutos".

É possível exercer a profissão com competência nessa velocidade? Com a experiência de quem atende doentes há quase 40 anos, posso garantir-lhes que não é. O bom exercício da medicina exige, além do exame físico cuidadoso, observação acurada, atenção à história da moléstia, à descrição dos sintomas, aos fatores de melhora e piora, uma análise, ainda que sumária, das condições de vida e da personalidade do paciente.

Levando em conta, ainda, que os seres humanos costumam ser pouco objetivos ao relatar seus males, cabe ao profissional orientá-los a fazê-lo com mais precisão para não omitir detalhes fundamentais. A probabilidade de cometer erros graves aumenta perigosamente quando avaliamos quadros clínicos complexos entre 10 e 15 minutos.

O que os empresários dos planos de saúde parecem não enxergar é que, embora consigam mão-de-obra barata - graças à proliferação de faculdades de medicina que privilegiou números em detrimento da qualidade -, acabam perdendo dinheiro ao pagar honorários tão insignificantes: médicos que não dispõem de tempo a "perder" com as queixas e o exame físico dos pacientes, pedem exames desnecessários. Tossiu? Raios X de tórax. O resultado veio normal? Tomografia computadorizada. É mais rápido do que considerar as características do quadro, dar explicações detalhadas e observar a evolução. E tem boa chance de deixar o doente com a impressão de que está sendo cuidado. A economia no preço da consulta resulta em contas astronômicas pagas aos hospitais, onde vão parar os pacientes por falta de diagnóstico precoce, aos laboratórios, cujas redes se expandem a olhos vistos pelas cidades brasileiras.

Por essa razão, os concursos para residência de especialidades que realizam procedimentos e exames subsidiários estão cada vez mais concorridos, enquanto os de clínica, pediatria (que está em extinção) e cirurgia, são desprestigiados. Aos médicos, que atendem a troco de tão pouco, só resta a alternativa de explicar à população que é tarefa impossível trabalhar nessas condições e pedir descredenciamento em massa dos planos que oferecem remuneração vil. É mais respeitoso com a medicina procurar outros meios de ganhar a vida do que universalizar o cinismo injustificável do "eles fingem que pagam, a gente finge que atende". O usuário, ao contratar um plano de saúde, deve sempre perguntar quanto receberão por consulta os profissionais cujos nomes constam da lista de conveniados.

Longe de mim desmerecer qualquer tipo de trabalho, mas eu teria medo de ser atendido por um médico que vai receber bem menos do que um encanador cobra para desentupir o banheiro da minha casa. Sinceramente.

(1) Phillipe Roquepio, Le Partage au savoir: science, culture, vulgarization. Paris, Seuil, 1974.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O tempo segundo Raduan Nassar

Já li e ouvi muitas descrições bonitas a respeito do significado do TEMPO. O escritor brasileiro Raduan Nassar, no livro Lavoura Arcaica, escreveu uma das que mais gosto. A seguir um trecho dela.
Aproveito e indico-lhes o filme Lavoura Arcaica, baseado no mesmo livro, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, que considero um dos melhores filmes brasileiros que já vi.

Gilvan Almeida

“...O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor; embora inconsumível, o tempo é nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é contudo o nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo entretanto prover igualmente a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo (...) rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele, devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com muita ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não se irritando contra a sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não sua ira; o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve por nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; (...) dar o passo mais largo que a perna é o mesmo que suprimir o tempo necessário à nossa iniciativa; (...) colocar o carro à frente dos bois é o mesmo que retirar a quantidade de tempo que um empreendimento exige; (...) caprichoso como uma criança, não se deve contudo retrair-se no trato do tempo, bastando que sejamos humildes e dóceis diante de sua vontade, abstendo-nos de agir quando ele exige de nós a contemplação, e só agirmos quando ele exigir de nós a ação, que o tempo sabe ser bom, o tempo é largo, o tempo é grande, o tempo é generoso, o tempo é farto, é sempre abundante em suas entregas: amaina nossas aflições, dilui a tensão dos preocupados, suspende a dor aos torturados, traz a luz aos que vivem nas trevas, o ânimo aos indiferentes, o conforto aos que se lamentam, a alegria aos homens tristes, o consolo aos desamparados, o relaxamento aos que se contorcem, a serenidade aos inquietos, o repouso aos sem sossego, a paz aos intranqüilos, a umidade às almas secas; satisfaz os apetites moderados, sacia a sede aos sedentos, a fome aos famintos, dá a seiva aos que necessitam dela, é capaz ainda de distrair a todos com seus brinquedos; em tudo ele nos atende, mas as dores da nossa vontade só chegarão ao santo alívio seguindo esta lei inexorável: a obediência absoluta à soberania incontestável do tempo...”

Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro, filho de imigrantes libaneses. Na adolescência, foi para São Paulo com a família, onde cursou Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo. Estreou na literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978 foi publicada a novela Um copo de cólera, que fora escrita em 1970. Em 1997 foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 60 e 70.
Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da literatura brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Tudo isso graças à extraordinária qualidade de sua linguagem e força poética da sua prosa. Cultuado por um pequeno círculo de leitores, Raduan se tornou mais conhecido pelo público em geral com as versões cinematográficas de Um copo de cólera e Lavoura arcaica.
Após a sua estréia na literatura, Nassar deixou de escrever em 1984, e vive hoje em um sítio em sua cidade natal.
Fonte: Wikipédia.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Humano Mestre

Em 2008 recebi um convite para fazer um pequeno texto comemorativo para ser distribuído no dia do professor – 15 de outubro. Não foi aceito. Acho que carreguei demais nas tintas da realidade crua da maioria dos professores brasileiros. Continuo vendo assim.

“Nossas homenagens aos que outrora tinham sua profissão valorizada e reconhecida política e socialmente, mas que ainda hoje permanecem vivos nas memórias de tantas crianças, jovens, adultos e idosos, como nossos condutores na luz das ciências.
Queridos professores e professoras: apesar dos salários aviltantes e das precárias condições de trabalho, parabéns pela disposição de compartilhar com amor seus conhecimentos. Mantenham a fé e a esperança em dias melhores, fortalecendo cada vez mais o querer ser esta mão amiga que conduz tantos no percurso entre as sombras da ignorância e a claridade do saber.”

Gilvan Almeida

quinta-feira, 4 de março de 2010

Canção do Divino Mestre

O Bhagavad Gita – Canto do Espírito em sânscrito – é a escritura mais amada da Índia, considerada a Bíblia Sagrada dos hindus. É a essência do conhecimento védico da Índia e um dos grandes clássicos da literatura espiritual e filosófica do mundo, onde Krishna revela ao seu discípulo Arjuna, o caminho que todo ser humano deve percorrer em busca da auto-realização.
Estas palavras contidas no Bhagavad Gita, trecho do Mahabhárata, fazem parte de um diálogo que ocorre entre o Mestre e seu discípulo, conhecido como “Canção do Divino Mestre”:


Krishna disse:

Não se é livre do dever
porque se deixa de agir
Nem se atinge a perfeição
somente pela renúncia.

Todo mundo tem de agir
de acordo com o seu carma.
Nem mesmo por um momento
pode alguém deixar de agir.

Quem reprime os seus sentidos
mas não livra sua mente
dos objetos do desejo
está enganando a si mesmo.

Mas aquele que usa a mente
no controle dos sentidos
praticando a devoção
e agindo com desapego,
é digno de ser louvado.

Execute o seu trabalho
pois esse procedimento
é melhor que a inanição.
Sem trabalhar não se pode
nem sequer manter o corpo.

Arjuna pergunta:

Ó Meu querido Senhor,
qual o comportamento de quem
transcende a energia da matéria?

O Supremo Senhor disse:

Quem não odeia o esplendor,
apego nem ilusão,
quando eles estão presentes,
e não anseia por eles
quando se encontram ausentes;
quem aceita igualmente
o prazer e o sofrimento
e vê com os mesmos olhos
um seixo, uma barra de ouro,
ou qualquer torrão de terra;
quem ouve do mesmo modo
um louvor ou uma calúnia
e não se deixa alterar
quando honrado ou desonrado;
quem do mesmo modo trata
os amigos e inimigos,
diz-se então que tal pessoa
é transcendental aos modos
da energia material.

Ó amado filho,
se você não for ainda
capaz de trabalhar para Mim,
renuncie aos resultados
de todas as suas obras
e situe-se no Eu.

Aquele que não inveja;
que é amigo sincero
de todos os seres vivos;
que não tem senso de posse;
que está livre do egoísmo;
que tem a mesma atitude
na tristeza ou na alegria;
que está sempre satisfeito,
servindo com devoção;
que é sempre determinado
tendo a mente e o intelecto
harmonizados comigo;
é muito querido a mim.

Quem nunca perturba os outros
nem se deixa perturbar,
além da dualidade
do sofrimento e prazer
livre do medo e da angústia,
também é muito querido.

Aquele que não se apega
nem ao prazer nem a dor,
que não rejeita ou deseja,
renunciando igualmente
ao que agrada ou aborrece,
é muito querido a Mim.

Quem age do mesmo modo
com amigos e inimigos,
e não muda de atitude
no ostracismo ou na glória,
no sucesso ou no fracasso;
quem nunca se contamina;
quem está sempre contente,
com tudo que lhe oferecem;
quem está sempre ocupado
em servir com devoção
– este Me é muito querido.

Quem trilha pelo caminho
do serviço em devoção,
e faz de Mim sua meta
é muito querido a Mim.

OBS: Um trecho deste diálogo foi musicado por Geraldo Azevedo e Rogério Duarte, e cantado com grande sucesso por Elba Ramalho, com o título Quem é muito querido a mim.

Gilvan Almeida